quinta-feira, 6 de maio de 2021

EU SOU O CRIADOR DO CÉU E DA TERRA

Assumi a carne sem pecado e sem concupiscência


Eu sou o Criador do Céu e da Terra, uno na divindade com o Pai e o Espírito Santo. Eu sou aquele que falou aos patriarcas e profetas e aquele a quem esperavam. Para cumprir seus anseios e de acordo com minha promessa, assumi a carne sem pecado e sem concupiscência, entrando no ventre da Virgem, como o sol que brilha através de claríssima jóia. Assim como o sol não danifica o vidro ao entrar nele, assim também a virgindade da Virgem não foi perdida quando eu assumi a natureza humana. Eu assumi a carne de tal forma que não abandonei minha divindade, e Eu não fui menos Deus – governando e sustentando todas as coisas com o Pai e o Espírito Santo - embora estivesse no ventre da Virgem em minha natureza humana.

Assim como a luminosidade jamais é separada do fogo, assim também, minha divindade nunca foi separada de minha humanidade, nem mesmo na morte. Desde então, permiti que meu corpo puro e sem pecado fosse ferido, dos pés à cabeça, e fosse crucificado por todos os pecados do género humano. Esse mesmo corpo é agora oferecido a cada dia no altar para que o género humano possa amar-me e se lembrar de meus grandes feitos mais frequentemente.

Eu, deveras, quis que meu reino estivesse dentro do homem, e por direito, Eu deveria ser Rei e Senhor para ele, porque Eu o fiz e o redimi. Entretanto, agora ele quebrou e profanou a fé que me prometeu em seu baptismo, e quebrou e desprezou minhas leis e meus mandamentos, que Eu prescrevi e revelei a ele. Ele ama sua própria vontade e se recusa a ouvir-me. Alem disso, ele exalta acima de mim o pior ladrão, o demónio, e deu à ele  sua fé. O demónio realmente é um ladrão, já que, me rouba, por meio das tentações diabólicas, maus conselhos e falsas promessas, a alma humana que Eu redimi com meu sangue. Mas ele não faz isso por que, seja mais poderoso do que eu, porque eu sou tão poderoso que Eu posso fazer todas as coisas com uma palavra, e tão justo, que mesmo que todos os santos me pedissem, Eu não faria a menor coisa contra a justiça.

Entretanto, como o homem, a quem foi dado livre arbítrio, voluntariamente rejeita meus mandamentos e obedece o demónio, é justo que ele também experimente sua tirania e malícia. Esse demónio foi por mim criado bom, mas decaiu por sua vontade má, e se tornou, por assim dizer, meu servo para aplicar retribuição aos trabalhadores do mal.

Ainda, embora eu seja agora tão desprezado, sou ainda tão misericordioso que, qualquer um que reze pela minha misericórdia e se humilhe por correcção, terão seus pecados perdoados, e eu o salvarei do ladrão diabólico – o demónio Mas para aqueles que continuam a desprezar-Me, Eu levarei minha justiça sobre eles, de forma que ouvindo isso, tremerão, e os que experimentam isso dirão: ‘Ai de nós os nascidos ou concebidos! Ai de nós os que provocamos o Senhor da majestade até a ira!’ (Santa Brígida da Suécia: Revelações; cap. 1)

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