Assumi a carne sem pecado e sem concupiscência
Assim como a luminosidade jamais é separada do
fogo, assim também, minha divindade nunca foi separada de minha humanidade, nem
mesmo na morte. Desde então, permiti que meu corpo puro e sem pecado fosse
ferido, dos pés à cabeça, e fosse crucificado por todos os pecados do género
humano. Esse mesmo corpo é agora oferecido a cada dia no altar para que o género
humano possa amar-me e se lembrar de meus grandes feitos mais frequentemente.
Eu, deveras, quis que meu reino estivesse dentro
do homem, e por direito, Eu deveria ser Rei e Senhor para ele, porque Eu o fiz
e o redimi. Entretanto, agora ele quebrou e profanou a fé que me prometeu em
seu baptismo, e quebrou e desprezou minhas leis e meus mandamentos, que Eu
prescrevi e revelei a ele. Ele ama sua própria vontade e se recusa a ouvir-me.
Alem disso, ele exalta acima de mim o pior ladrão, o demónio, e deu à ele sua fé. O demónio realmente é um ladrão, já
que, me rouba, por meio das tentações diabólicas, maus conselhos e falsas
promessas, a alma humana que Eu redimi com meu sangue. Mas ele não faz isso por
que, seja mais poderoso do que eu, porque eu sou tão poderoso que Eu posso
fazer todas as coisas com uma palavra, e tão justo, que mesmo que todos os
santos me pedissem, Eu não faria a menor coisa contra a justiça.
Entretanto, como o homem, a quem foi dado livre
arbítrio, voluntariamente rejeita meus mandamentos e obedece o demónio, é justo
que ele também experimente sua tirania e malícia. Esse demónio foi por mim
criado bom, mas decaiu por sua vontade má, e se tornou, por assim dizer, meu
servo para aplicar retribuição aos trabalhadores do mal.
Ainda, embora eu seja agora tão desprezado, sou
ainda tão misericordioso que, qualquer um que reze pela minha misericórdia e se
humilhe por correcção, terão seus pecados perdoados, e eu o salvarei do ladrão
diabólico – o demónio Mas para aqueles que continuam a desprezar-Me, Eu levarei
minha justiça sobre eles, de forma que ouvindo isso, tremerão, e os que
experimentam isso dirão: ‘Ai de nós os nascidos ou concebidos! Ai de nós os que
provocamos o Senhor da majestade até a ira!’ (Santa Brígida da Suécia:
Revelações; cap. 1)
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