«Acreditamos que saíste de Deus»
Movido pela
caridade pura e sem limites que O levara a criar-nos, Deus deu-nos, para
realizar a sua vontade em nós, o Verbo, seu Filho único; e o Filho de Deus, esquecendo-Se
de Si mesmo para satisfazer esta vontade, tornou-Se mediador entre Deus e o
homem, concluindo esta grande guerra pela paz, porque a humildade triunfou do
orgulho do mundo; foi isso que O levou a dizer: Alegrai-vos, Eu venci o mundo,
isto é, o orgulho do homem. De facto, não há pessoa tão orgulhosa e tão
impaciente que não se torne humilde e mansa quando considera tão grande
abatimento, tão grande amor, quando vê que Deus Se humilhou até chegar a nós.
É por isso que os santos e os verdadeiros servos de Deus sempre se humilharam, endereçando toda a glória e todo o louvor para Deus, e reconhecendo que tudo o que têm provém exclusivamente da sua bondade; reconhecendo o seu nada, é em Deus que amam tudo quanto amam. São honrados quando Deus assim quer; mas, quanto maiores são, mais se humilham e melhor conhecem o seu nada. Quem se conhece, humilha-se, não ergue a cabeça nem se incha de orgulho; antes se abaixa, reconhecendo a bondade de Deus que age nele. (Santa Catarina de Sena: Carta 29, ao cardeal de Porto, Pierre Corsini).
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