sábado, 15 de maio de 2021

CRISTO MEDIADOR

«Nesse dia, pedireis em meu nome»


Como conclusão das nossas orações, não dizemos: «pelo Espírito Santo», mas: «por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho». Esta prática da Igreja universal tem uma razão de ser: o mistério segundo o qual o homem Jesus Cristo é o mediador entre Deus e os homens (1Tim 2,5), Sumo Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedech, Ele que entrou, pelo seu próprio sangue, no Santo dos santos, não num santuário feito por mão de homem, figura do verdadeiro santuário, mas no Céu, onde está à direita de Deus e intercede por nós (Hb 6,20; 9,24).

É a pensar no sacerdócio de Cristo que o apóstolo diz: «Por meio dele ofereçamos sem cessar a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome» (Hb 13,15). É por Ele que oferecemos orações e sacrifícios de louvor, porque foi a sua morte que nos reconciliou quando éramos inimigos (Rom 5,10). Ele quis sacrificar-Se por nós e é por Ele que a nossa oferenda pode ser agradável aos olhos de Deus. Por isso, São Pedro adverte-nos: «E vós mesmos, como pedras vivas, entrai na construção de um edifício espiritual por meio de um sacerdócio santo, cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais que serão agradáveis a Deus, por Jesus Cristo» (1Pe 2,5). É por esta razão que dizemos a Deus Pai: «Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho». (São Fulgêncio de Ruspe: Carta 14,36; CCL 91, 429).

Imagem:

SÃO FULGÊNCIO DE RUSPE
Bispo no Norte de África (467-532)

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