quinta-feira, 3 de junho de 2021

«ELE NÃO É DEUS DE MORTOS, MAS DE VIVOS»

«Foi para isto que Cristo morreu e voltou à vida»


«Foi para isto que Cristo morreu e voltou à vida: para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos» (Rom 14,9); «Ele não é Deus de mortos, mas de vivos». Dado que o Senhor dos mortos está vivo, os mortos já não estão mortos, mas vivos: a vida reina neles, para que vivam e deixem de temer a morte, do mesmo modo que «Cristo ressuscitado dos mortos já não morre» (Rom 6,9). Ressuscitados e libertados da corrupção, já não verão a morte; participarão da ressurreição de Cristo, tal como Ele teve parte na sua morte. Com efeito, se Ele veio à Terra, que até então era uma prisão eterna, foi para «quebrar as portas de bronze e despedaçar os ferrolhos de ferro» (Is 45,2), para retirar a nossa vida da corrupção atraindo-a a Si, e nos dar a liberdade em substituição da escravidão.

O facto de este plano de salvação ainda não estar realizado — porque os homens continuam a morrer e os seus corpos são desagregados pela morte — não deve ser motivo de incredulidade. Já recebemos as primícias daquilo que nos foi prometido, na pessoa daquele que é o nosso Primogénito. (Santo Anastásio de Antioquia: Homilia 5, sobre a Ressurreição; PG 89, 1358)

Na imagem:
Santo Anastásio de Antioquia.

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